pareço,
de fato,
especial.
Os olhos marejados,emocionados com sua ausência.
Os braços erguidos,
gritando pelo seu toque.
E a boca sedenta,
querendo lhe sorrir.
Descrito assim,
tão singelo,
pareço humano,
mas no fundo
de tudo
esmolo entre uma
lixeira e outra
querendo seu afeto.
Um vira-lata
sarnento querendo o seu
afeto:
filho da puta escroto
que me negou um punhado de
ração.
Itaboraí, maio de 2013, Sérgio Santal
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