Ela era
fofinha. Companheira mesmo, dessas que fazem festinha quando um dos dois entra
pelo portão da casa. Vez em quando, quase sempre, pedia atenção com a patinha,
ou, abruptamente, pulava no colo de um ou de outro. Era um amor e queria amor.
Mas os tempos eram difíceis. Eles,
recém-casados e desempregados, tiveram que trocar de casa indo para uma
quitinete, onde o aluguel era mais barato. Deram a lindinha para fulana que era
amiga de sicrana e que beltrana jurou que era de confiança.
A
fofinha morreu de depressão. Os anos passaram e o casal a trocou por um gato.
(Sérgio Santal)
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