quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

PARA UM SABOTADOR DE ILUSÕES ALHEIAS

Vejo os carros correrem pela avenida abaixo dos meus olhos e lembro-me de ti, a me fazer um singelo afago em minha nuca me fazendo pensar, dubiamente: será que é amor?
Eu, que quetinho estava em meu canto, possivelmente pensando em um conto e você, jovem de sorriso sedutor, a me despertar pensamentos que eu jurava já estarem sanados. Que caralho de cancer é esse meu deus? Por que não só uma fodinha casual? Ou, quem sabe, duas fodinhas causais? Tá bom, três fodinhas e não se fala mais nisso.
Pra que querer minha inteligência se não vai saber o que fazer com ela?
Gente, eu não estou apaixonado. Mas tenho medo de me apaixonar e acreditar que você é um príncipe encantado mesmo sabendo que você é, na verdade, um sapo. Um carente é assim, sabe? Idealiza o homem ideal em qualquer coisa. Até em poste.
Falo isso por que já fui um. Ou sou?
Sérgio Santal

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O REAL PRIMEIRO PORQUINHO

Sou um dos três porquinhos. É sério, não riem. Talvez o primeiro, não mencionado na fabula conhecida por todos. Sou aquele que o lobo soprou a casa primeiro. A casa feita de pespectivas.
O primeiro porquinho (na verdade o segundo, o da casa de palha) fechou a porta na cara desse porquinho, pôs achava um absurdo uma moradia feita de pespectivas e, depois que o Lobo derrubou sua sublime casa feita de palha, fugiu para a casa do segundo e os dois, depois que o lobo pôs a casinha de madeira no chão, correram para a casa do terceiro.
Os três trancafiados na segura casinha de tijolos e o real primeiro porquinho (eu), não teve o apoio do segundo porquinho (aquele que vocês consideram o primeiro) e por isso vaga só pela floresta; pois nem o lobo mal o quis.


Sérgio Santal.