sábado, 28 de agosto de 2010

UM BARQUINHO E UM VIOLÃO... (Por que este título?)

Dois pontos para eu confessar: SOU FÃ DE PRAÇA! Um presente do homem para o homem. E isso do ser humano presentear ser humano, é coisa rara. Praça: um lugar em meio ao caos civilizado, para o homem senta e relaxar! Ter um instante de silêncio e se localizar no mundo.
Há domingos que eu, logo depois de acordar, vou até a pracinha que tem na esquina aqui de casa. O faço para conhecer melhor minha vizinha sem fazer uso da palavra. Já que sou tímido e fui muito maltratado pelo meu semelhante para perder meu tempo com conversas que não irão findar em afeto. Mas isso que escrevo não é uma confissão de menininha que escreve diário e sim um relato, quase uma ode ao meu respeito por praças.
Falava na pracinha aqui perto de casa e não quero fugir do meu objetivo inicial. Há silêncio nela. Não há árvores, mas ela é tão pacífica que o sol nunca é quente. Até meninos jogando futebol sobre o seu chão não tira o encantamento desta praça. Quase posso ouvir Chopin em pensamento ao está nela. Ao contrário de outras que não posso passar por perto tamanho é o fluxo comercial, o uso do rádio, o falatório da massa ultrapasando o limite do bom senso!
As praças deviam ser preservadas dos eventos sociais. Nas praças deviam acontecer somente os manifestos individuais.

Sérgio Santal

Nenhum comentário:

Postar um comentário